O diretor-geral da Polícia Penal (PPES), José Franco Morais Júnior, explicou a participação da instituição: “A Polícia Penal atuou em dois momentos. Primeiro, com a equipe de inteligência, que fez a apuração inicial das informações, repassadas à Polícia Civil para as devidas providências. Em segundo, contribuímos com a manutenção da custódia dos presos, o que garante a continuidade e eficácia das investigações.”
Localização do corpo
Na última sexta-feira (04), o corpo foi localizado em uma cova profunda no distrito de Guriri, em São Mateus, após uma denúncia anônima recebida pela Polícia Penal. Nesse sábado (05), o corpo foi reconhecido preliminarmente pela mãe da vítima, por meio de uma tatuagem no pescoço como sendo do adolescente. Os exames necroscópicos foram realizados pela Polícia Científica.
Sobre a localização do corpo, o delegado Marcelo Cruz relatou: “No 22º dia de investigação, recebemos a informação de que a vítima estaria em uma área de mata em Guriri. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Penal passaram o dia nas buscas. Às 15h, localizamos a cova, bastante profunda, indicando ocultação premeditada. Ainda estamos apurando a motivação. A princípio, a vítima teria sido chamada para entregar uma televisão, negociada por um terceiro, e acabou sendo levada pelos autores.”
O perito oficial-geral da Polícia Científica (PCIES), Carlos Alberto Dal-Cin, informou que a instituição foi acionada em duas frentes: “Primeiro, fizemos o recolhimento do corpo e a análise do local. O avançado estado de decomposição dificultou a identificação da causa da morte, por isso coletamos materiais biológicos para exames complementares. Paralelamente, realizamos perícia em veículos supostamente envolvidos. Foi detectada a presença de vestígios de sangue por meio do reagente Blue Star. O material foi coletado e está sendo comparado com o DNA da vítima.”
Ele ainda complementou: “Encontramos fios com possibilidade de uso para amarração ou asfixia. Esses materiais também serão analisados para extração de vestígios epiteliais e posterior confronto genético.”
Prisões realizadas
A Polícia Civil detalhou as seis prisões já realizadas no curso da investigação:
17 de junho: homem de 24 anos preso após comparecer à Delegacia de São Mateus e indicar o local onde estaria a televisão.
26 de junho: dois homens, de 24 e 35 anos, presos durante operação no distrito de Guriri.
01 de julho: homem de 25 anos preso no bairro Vila Landinha, em Barra de São Francisco. No mesmo dia, um policial militar se apresentou voluntariamente no 13º BPM após tomar ciência de mandado de prisão temporária expedido contra ele.
02 de julho: um homem de 24 anos foi preso em continuidade às diligências.
As investigações continuam em andamento, com novas diligências, oitivas e exames sendo realizados para completa elucidação do caso.